sexta-feira, 20 de julho de 2012

HISTORIADOR JOSÉ HERMANO SARAIVA FALECEU HOJE COM 92 ANOS (20.07.2012)

HISTORIADOR JOSÉ HERMANO SARAIVA FALECEU HOJE COM 92 ANOS (20.07.2012)
O país presta homenagem a este ilustre historiador, na hora da ausência deste grande vulto da divulgação da nossa história e dos grandes de Portugal. O concelho de Lagoa recebeu-o em Abril de 2005 e ganhou, através dele e do seu programa de televisão, uma promoção nacional e internacional, com as imagens e seus fundamentos históricos desenvolvidos e registados em video.
Adeus senhor professor, serás sempre perpetuado, pelos teus programas de televisão e nos livros de história de Portugal

como disse o comediante Nilton Morreu o grande José Hermano Saraiva. 
O homem que sabia mais que o Google.

ÚLTIMA HORAEM ATUALIZAÇÃO

O historiador José Hermano Saraiva morreu hoje aos 92 anos. José António Crespo, produtor do historiador, confirmou à RTP que o falecimento aconteceu, ao final da manhã, na sua casa no distrito de Setúbal, de doença prolongada.

José Hermano Saraiva nasceu em Leiria, no dia 03 de Outubro de 1919, terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista.

Era professor e historiador, tendo-se licenciado na Universidade de Lisboa, em Ciências Histórico-Filosóficas  em 1941 e em Ciências Jurídicas, em 1942. Foi ministro da Educação entre 1968 e 1970, período durante o qual enfrentou a crise académica de 1969. Seguidamente foi embaixador de Portugal no Brasil, entre 1972 e 1974.

José Hermano Saraiva iniciou a vida profissional como professor no ensino liceal, tendo sido diretor do Instituto de Assistência aos Menores e reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa.

Foi ainda professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, tendo acumulado a vida letiva com a advocacia. Deputado à Assembleia Nacional durante o Estado Novo foi ainda procurador à Camara Corporativa.Colaboração com a RTP
Nas últimas décadas José Hermano Saraiva distinguiu-se pela sua colaboração com a RTP, em programas sobre a história de Portugal, apresentados de uma forma muito própria e expondo teorias por vezes contestadas no meio académico.

A colaboração com a RTP começou em 1971 com o programa "Horizontes da Memória", tendo nesse ano recebido o Prémio da Imprensa para o Melhor Programa do Ano.

Foi ainda autor e apresentador de "Gente de Paz", que assinalou o seu regresso à RTP em 1978, "O Tempo e a Alma", "Histórias que o Tempo Apagou" e "A Alma e a Gente".

Extremamente popular, acabou no 26º lugar, no concurso da RTP os Cem Grandes Portugueses, ganho por António Oliveira Salazar.
História com histórias
Um dos livros mais conhecidos de José Hermano Saraiva, é a "História concisa de Portugal", já na 25. edição, com um total de cerca de 180 mil exemplares vendidos. Editado pela primeira vez em 1978, a obra foi traduzida em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês.

O livro foi escrito durante o exílio a que o professor se impôs na Nazaré, a praia da sua infância, durante o PREC (Período Revolucionário em Curso), em 1974-75, a convite do editor livreiro Lyon de Castro.

José Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em
seis volumes, publicada em 1981 pelas Edições Alfa. O professor e historiador era um autor prolífico, tendo escrito ainda mais de 25 livros nas áreas de História e da Jurisprudência.

"Uma carta do Infante D. Henrique", "O tempo e alma", "Portugal -- Os últimos 100 anos", "Vida ignorada de Camões" ou "Ditos portugueses dignos de memória" são alguns dos exemplos de obras sobre História.

"A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado", "Non-self-governing territories and The United Nation Charter" e "Apostilha crítica ao projecto do Código Civil" e cinco outros livros na área da pedagogia, são outras obras assinaláveis.

Irmão do também professor António José Saraiva e tio do jornalista José António Saraiva, José Hermano Saraiva foi casado com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Marquês de Sá da Bandeira, com quem teve cinco filhos.

Pelo lado da mãe, José Hermano Saraiva é sobrinho de José Maria Hermano Baptista, o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial e que faleceu com 107 anos, em 2002.
Distinções
Após a instauração da democracia, José Hermano Saraiva regressou a Portugal e lecionou como professor convidado no atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna e na Universidade Autónoma de Lisboa.

Foi ainda membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil e Sócio Honorário do Movimento Internacional Lusófono.

Recebeu a Grã-cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-cruz da Ordem do Mérito do Trabalho e a comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Portugal, além da Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil.

PS note-se porém que apesar dos seus conhecimentos e da sua extrema capacidade de comunicação era um homem que não hesitava em acrescentar os pontos nos ii daquilo que não se sabia ou sobre o que não havia certezas...o que, se bem que não diminua a sua competência deve servir de aviso á navegação
passadas 24 hrs lê-seJoão Azevedo
Ontem morreu uma democrata e um fascista. A Informação escolheu o fascista. O presidente de alguns portuguese escolheu o fascista. O 1º ministro escolheu o fascista.Ninguém falou da democrata. É este o regime que temos. Onde os elogios são feitos aos fascistas e os democratas são ignorados. O presidente de alguns portugueses não disse uam palavra sobre a morte de Saramago. O presidente de alguns portugueses, não foi ao funeral do português prémio Nobel da Literatura. Tinha de ir com a família à praia. O presidente de alguns portugueses nunca condecorou Saramago. O presidente de alguns portugueses, não condecorou Helena Cidade Moura. O presidente de alguns portugueses condecorou o fascista. O presidente de alguns portugueses deve ir ao funeral do fascista. O presidente de alguns portugueses é fascista. Alguns portugueses, nos quais me incluo não se sentem representados por este presidente.



Político salazarista, contador de estórias e Ministro da Educação e da Crise Académica de 69. De Salazar dizia ser antifascista. Excelente comunicador que conseguiu neste regime democrático ser uma estrela da rádio -tv-disco e da cassete pirata. Lembro-me muito bem da sua acção na Coimbra de 69.Como também me recordo da sua extraordinária capacidade de efabulação. Ele era o "historiador -da -história toda" até porque era contada como ele queria. Sempre serviu aquilo em que acreditava, ele próprio.

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