sexta-feira, 20 de julho de 2012

cimeira da cplp

9ª  Cimeira CPLP : Chefe da diplomacia do Brasil não vai a Maputo

19 de Julho de 2012, 02:06

Lisboa, 18 jul (Lusa) -- O ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, não vai estar presente na conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que se realiza em Maputo, Moçambique, na sexta-feira, foi hoje anunciado.
De acordo com a lista enviada à Lusa pelo secretariado da CPLP, António Patriota não integrará a delegação brasileira que vai estar em Maputo, reduzida ao vice-presidente, Michel Temer.
A ausência -- para a qual os preparativos da visita da presidente brasileira, Dilma Rousseff, a Londres, na próxima semana, terão contribuído -- já foi confirmada pela Lusa junto do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
Confirmados estão também os nomes de Raimundo Pereira e Mamadú Djaló Pires -- respetivamente o presidente interino e o chefe da diplomacia do governo deposto no golpe militar de 12 de abril -- como representantes da Guiné-Bissau.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, já tinha comunicado, no final da reunião preparatória que decorreu em Lisboa, na semana passada, que a CPLP considera que a representação da Guiné-Bissau na cimeira de Maputo "deve ser assegurada pelas autoridades que derivam do voto popular e não por quaisquer outras de natureza violenta pela forma como se instalaram no poder".
Uns dias antes, em entrevista à Lusa, o secretário executivo da CPLP cessante, o guineense Domingos Simões Pereira, tinha vincado igualmente que, "até uma ordem contrária, todas as reuniões da CPLP depois do 12 de abril têm o governo [guineense] saído das últimas eleições".
No total, a cimeira de Maputo contará com os chefes de Estado de seis dos membros da CPLP -- para além de Dilma Rousseff, também estará ausente o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Este país far-se-á representar pelo vice-presidente, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e pelo ministro das Relações Exteriores, George Chicoti.
Na sexta-feira, Angola passará a presidência rotativa da CPLP para Moçambique, país que acolhe a 9.ª conferência da CPLP, fazendo-se representar pelo presidente, Armando Guebuza, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Oldemiro Baloi.
Os ex-chefes de Estado Joaquim Chissano (Moçambique) e Jorge Sampaio (Portugal) estarão presentes na cimeira, na qualidade de Embaixadores da Boa Vontade da CPLP.
O presidente Jorge Carlos Fonseca e o chefe da diplomacia Jorge Borges serão os delegados de Cabo Verde, enquanto por São Tomé e Príncipe estarão presentes o presidente, Manuel Pinto da Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Manuel Salvador dos Ramos.
Portugal e Timor-Leste são os únicos Estados que se farão representar por três figuras do Estado.
Por Portugal, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas (sendo que o secretário de Estado da Cooperação, Luís Brites Pereira, também está em Maputo).
Por Timor-Leste, vão estar em Maputo o presidente, Taur Matan Ruak, o presidente do parlamento, Fernando Lasama de Araújo (que é o presidente da Assembleia Parlamentar da CPLP), e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa.
Pelos países com estatuto de observadores associados, conhecem-se já os representantes da Guiné Equatorial (cujo pedido de adesão plena é um dos assuntos na agenda da cimeira): Ehate Tomi, primeiro-ministro, e Angel Mokara Moleila, secretário de Estado dos Assuntos Consulares. Faltam conhecer ainda os nomes das Ilhas Maurícias e do Senegal, os outros dois observadores, de acordo com a lista enviada à Lusa.
Na cimeira estarão ainda vários convidados, destacando-se o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o diretor-geral da agência das Nações Unidas para a alimentação (FAO), José Graziano da Silva.
A situação política na Guiné-Bissau, o pedido de adesão da Guiné Equatorial, a segurança alimentar e a revisão de estatutos são os temas em destaque na agenda da cimeira de Maputo.
SBR (FYRO).
Lusa/fim

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