quarta-feira, 7 de setembro de 2011

50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing


50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing

50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing

A Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing realizou, no dia 27 de agosto, uma cerimônia para comemorar a criação do curso que há 50 anos tem servido como ponte para o intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa.

30-08-2011
Beijing, 29 ago (Xinhua) -- Na ocasião do 50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing (BFSU, na sigla em inglês), a BFSU realizou, no dia 27 de agosto, uma cerimônia para comemorar a criação do curso que há 50 anos tem servido como ponte para o intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa.
O reitor da BFSU, Chen Yulu, assinalou que, ao longo das últimos cinco décadas, o departamento de português da BFSU formou mais de 400 profissionais para as áreas da diplomacia, comércio internacional, educação e comunicação social, tendo contribuido enormemente para a cooperação e os intercâmbios entre a China e os países lusófonos.
Em 1961, assumindo a missão histórica de formar diplomatas conhecedores da língua portuguesa para a Nova China, a BFSU, então chamada Instituto de Línguas Estrangeiras de Beijing, abriu um curso de língua portuguesa.
Após meio século de evolução, através de intercâmbios entre estudantes, programas de co-formação e cursos de formação de professores, o departamento de português aprimorou a metodologia de ensino e o corpo docente, criando um modelo sistematizado de formação de talentos em português, de acordo com Chen.
A diretora do Departamento de Pedagogia e Pesquisa da Língua Portuguesa da BFSU, Zhao Hongling, lembrou que no início da criação do curso em 1961, os alunos não tinham professores, nem manuais ou equipamentos, já que nesse período o português era ainda uma língua estrangeira pouco conhecida por causa do isolamento do país asiático em relação aos países lusófonos.
"Mas, mesmo partindo dessa difícil situação, eles vingaram e venceram a batalha linguística", disse Zhao, enfatizando que, nos últimos anos, o desenvolvimento da economia e das relações exteriores do país tem-nos oferecido oportunidades de desenvolvimento e o Departamento de Português da BFSU aproveitou bem essas oportunidades para atingir diversos objetivos.
Como parte das celebrações, a BFSU organizou, em colaboração com o Instituto Politécnico de Macau e a Fundação Macau, o 1º Fórum Internacional de Ensino de Português como Língua Estrangeira na China, que reuniu professores de português de dezenas universidades da parte continental chinesa, Macau e Portugal.
O fórum tem como objetivo analisar o estado atual do ensino da língua portuguesa na China e trocar experiências e opiniões sobre temas selecionados, como a utilização de manuais, métodos de ensino e elaboração de programas e processos de ensino, a fim de melhorar a qualidade das atividades pedagógicas de docentes chineses de português, segundo os organizadores.
O professor Ye Zhiliang, do Departamento de Português da BFSU, afirmou durante o fórum que o ensino de português deve atender melhor às necessidades do mercado de trabalho.
"A maioria dos licenciados ia trabalhar nos departamentos de relações internacionais das entidades públicas, mas com o progresso e a diversificação da sociedade chinesa, a saída dos licenciados se vem diversificando, razão pela qual são necessárias alterações nos conteúdos programáticos, de forma a facilitar a integração dos recém-licenciados no seu trabalho", disse Ye.
O Departamento de Português da BFSU tem hoje cerca de 100 estudantes matriculados, incluindo pós-graduados. Além da BFSU, na China há atualmente mais de vinte institutos de educação superior ensinando português, como a Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai, a Universidade de Comunicação da China, a Universidade de Pequim, etc., com alunos de intercâmbio espalhados na parte continental chinesa, Macau, Brasil e Portugal.

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