quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Muçulmanos em Espaços Lusófonos




Campos - Revista de Antropologia Social: Rede Muçulmanos em Espaços LusófonosO último número da Campos - Revista de Antropologia Social, publicação periódica do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná (Brasil), inclui um breve texto de apresentação da Rede Internacional de Investigação sobre Muçulmanos em Espaços Lusófonos (MEL-net), desenvolvido por Nina Clara Tiesler, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL) e fundadora da MEL-net. No presente texto é realizada uma actualização das  actividades desenvolvidas no âmbito da MEL-net, nomeadamente sobre a participação mais recente no IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, realizado em Novembro de 2006 em Luanda, bem como sobre as perspectivas futuras da rede de investigação. Disponibiliza-se aqui uma ligação para este documento.

Nina Clara Tiesler, "MEL-net: Rede de Pesquisa sobre Muçulmanos em Espaços Lusófonos", Campos - Revista de Antropologia Social, Vol. 7, N. 2, 2006.
Apresentação
"Os muçulmanos são cidadãos e membros ativos da sociedade em praticamente todas as áreas lusófonas. Entre os países africanos falantes de português, Guiné Bissau e Moçambique têm populações muçulmanas longamente estabelecidas, enquanto Angola, por exemplo, recebeu imigrantes dos países de maioria islâmica apenas recentemente. A presença islâmica em Portugal remonta a Gharb al-Andaluz, mas as comunidades muçulmanas contemporâneas não têm nenhum vínculo sócio-demográfico direto com a presença muçulmana histórica na Península Ibérica, podendo antes ser compreendidas como um fenômeno pós-colonial. Brasil, Timor Leste e Macau também têm experiências históricas particulares e diferentes populações muçulmanas no presente.
Não obstante as significativas diferenças, os muçulmanos em espaços lusófonos compartilham alguns pontos de comparação sócio-cultural, conforme expressam as questões de pesquisa daqueles que trabalham com essas populações. Nos diferentes contextos, os muçulmanos são tratados como representantes de uma minoria religiosa (essa situação se modificou recentemente na Guiné-Bissau); e, em muitos casos, os muçulmanos representam origens étnicas distintas daquelas da sociedade dominante. Além disso, a migração internacional produz alterações em todos os campos lusófonos, conduzindo freqüentemente a uma crescente diversificação das comunidades muçulmanas. Na esteira das migrações recentes e das tecnologias de comunicação, novos vínculos transnacionais têm emergido entre muçulmanos. Tais vínculos se baseiam muitas vezes em referências compartilhadas a pessoas e lugares deixados para trás, em experiências similares relativas a contextos sócio-históricos nacionais, locais e coloniais do passado e do presente, na etnicidade ou na língua comum – que, em muitos casos, é o português."
"Muçulmanos em países de língua portuguesa", p.130
O texto encontra-se disponível para consulta em
http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/campos/article/view/7439/5333
Mais informação sobre este número da Campos - Revista de Antropologia Social disponível em http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/campos/issue/view/551
Mais informação sobre o trabalho desenvolvido por Nina Clara Tiesler disponível em
https://www.ics.ul.pt/rd/person/ppgeral.do?idpessoa=84
Mais informações sobre as actividades com participação de Nina Clara Tiesler no âmbito temático da MEL-net disponíveis aqui (Março a Maio de 2007).
 
 

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