segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Índia Antiga


Apontamentos sobre a Índia Antiga
A Índia conheceu várias civilizações. Na Índia encontramos várias cosmogonias.
A Civilização do vale do Indo, a primeira grande civilização que surge na Índia, há 6 mil anos atrás, situou-se na zona do NW da Índia e Paquistão. Atingiu o seu apogeu 2.500 anos antes de Cristo. Utilizavam uma escrita de muito difícil tradução que limita o seu conhecimento. São contemporâneos do Antigo Egipto e dos Sumérios.
Em 1500a.C., desenvolve-se a civilização Ariana no Vale do Ganges. Esta civilização floresce enquanto a do Vale do Indo desvanece. Não se sabe se constitui um prolongamento da primeira. Os povos de raiz indo-europeia descendem desta civilização. Vários autores desenvolvem o tema das culturas indo-europeias, como são o caso de Georges Dumézil, Émile Benveniste, Max Müller.
A Filosofia Clássica Indiana, em últimas instâncias, procura responder a duas questões: a natureza última da realidade e consequências sobre o nosso destino pessoal.
A cisão entre fé e razão que se deu no Ocidente não se encontra na Filosofia no Oriente.
Os Hinos Védicos, são os textos sagrados mais antigos da Índia. A palavra Vedas significa conhecimento, saber, passível de audição (que pode ser escutado). Em síntese, textos sagrados a serem escutados, apreendidos.
Os Upanishads, são textos que refletem sobre a cultura védica, mas que, simultaneamente, assinalam uma rutura com o período anterior. As Upanisads dão-nos uma explicação sobre a origem das coisas, mas também sobre o que podemos realizar no interior de nós próprios. Atingem o seu momento pleno no século VI a.C.. Etimologicamente significa “estar sentado junto de” (do Mestre que explica os Vedas).
O Budismo, quando aparece pode considerar-se uma interpretação radical das Upanisads. Buda viveu no século VI ou V a.C.. As primeiras cinco Upanisads são prévias ao seu nascimento e as últimas sete são posteriores.
Sâncrito, Língua Sagrada da Índia.
Sociedade divida em castas distintas, Brãhmana, ksatriya, Vaisya.
Brâman, é a suprema divindade, o Absoluto, é incognoscível pelo homem. Princípio incondicional de criação de toda a realidade. A própria realidade. Um princípio supremo que está para lá dos próprios deuses.
Trimúrti, é a tripla parte manifesta da divindade suprema. Como um ser limitado, o ser humano somente percebe três aspectos de Brâman. A trimurti é composta pelos três principais deuses do hinduismo: Brama, Vixnu e Xiva, que simbolizam respectivamente a criação, a conservação e a destruição.
Atman, o sujeito interior de tudo o que um indivíduo faz. Um unificador interior de todos os nossos comportamentos. Agente interno que coincide com o próprio Absoluto e que se tiver “despojado” lhe pode aceder.

Sem comentários:

Enviar um comentário