segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novo Acordo Ortográfico e Sintaxe dos Literatos Lusófonos


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Reflexões: Novo Acordo Ortográfico e Sintaxe dos Literatos Lusófonos

Autor: Dr. Helio Begliomini - Pós-graduado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); assistente do Serviço de Urologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE – FMO); urologista do Instituto de Medicina Humanae Vitae (Imuvi) e membro de várias entidades científicas e culturais.

Deve-se frisar que as mudanças propostas no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, sancionado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP – Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste) são exclusivamente concernentes à ortografia e não à fonética. Em outras palavras as pronúncias dos vocábulos deverão permanecer incólumes. Da mesma forma a ortografia unificada não implica em uniformizar a sintaxe. Essa, aliada à arte de cada escritor é que darão riqueza e colorido especial através de iguarias literárias pertinentes nos diversos países lusófonos ou mesmo nos regionalismos existentes no continente Brasil.
Assim, sempre haverá distintas identidades na arte de escrever de um mesmo idioma. São exemplos: António Emílio Leite Couto ou Mia Couto (1955-), em Moçambique; José Saramago (1922-), em Portugal; Artur Carlos Maurício

Reflexões: Novo Acordo Ortográfico e Sintaxe dos Literatos Lusófonos

Autor: Dr. Helio Begliomini - Pós-graduado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); assistente do Serviço de Urologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE – FMO); urologista do Instituto de Medicina Humanae Vitae (Imuvi) e membro de várias entidades científicas e culturais.

Deve-se frisar que as mudanças propostas no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, sancionado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP – Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste) são exclusivamente concernentes à ortografia e não à fonética. Em outras palavras as pronúncias dos vocábulos deverão permanecer incólumes. Da mesma forma a ortografia unificada não implica em uniformizar a sintaxe. Essa, aliada à arte de cada escritor é que darão riqueza e colorido especial através de iguarias literárias pertinentes nos diversos países lusófonos ou mesmo nos regionalismos existentes no continente Brasil.
Assim, sempre haverá distintas identidades na arte de escrever de um mesmo idioma. São exemplos: António Emílio Leite Couto ou Mia Couto (1955-), em Moçambique; José Saramago (1922-), em Portugal; Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (1941-) de Angola; Abdulai Silla (1958-) de Guiné-Bissau; Ivone Ramos (1926-) de Cabo Verde; Malé Madeçu de São Tomé e Príncipe; Fernando Sylvan (1917-1993) do Timor Leste; e, no Brasil, Machado de Assis (1839-1908), carioca; Castro Alves (1847-1871), baiano; Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918), carioca; José de Alencar (1829-1877), cearense; Jorge Amado (1912-2001), baiano; Manoel Antonio de Almeida (1831-1961), carioca; João Guimarães Rosa (1908-1967), mineiro; Euclides da Cunha (1866-1909), carioca; Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), mineiro, mas radicado no Rio de Janeiro; Márcio Souza (1946-), amazonense; Jorge de Lima (1893-1953), alagoano; José Martins Fontes (1884-1937), paulista; Pedro da Silva Nava (1903-1984), mineiro, mas radicado no Rio de Janeiro; Mário Quintana (1906-1994), gaúcho; Paulo Setúbal de Oliveira, (1893-1937), paulista; Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretãs ou Cora Coralina (1889-1995), goiana; Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910), pernambucano; José Pereira da Graça Aranha (1868-1931), maranhense; Francisco Miguel de Moura (1933-), piauiense; Eurico Branco Ribeiro (1902-1978), paranaense, mas radicado em São Paulo; João Cabral de Melo Neto (1920-1999), pernambucano; Mario Aristides Freire (1849-1922), espírito-santense; Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), rio-grandense-do-norte; Antônio Carlos Viana (1946-), sergipano; Mário Faustino (1930-1962), piauiense; Raquel Naveira (1957-), mato-grossense-do-sul; Ariano Villar Suassuna (1927-), paraibano; João da Cruz e Sousa (1861-1898), santa-catarinense, dentre inúmeros outros.
Não restam dúvidas de que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é vantajoso do ponto de vista político, cultural, didático-pedagógico, além de ser um meio para elevar a auto-estima de todos os co-irmãos dos países lusófonos. Compete aos professores, educadores, instituições de ensino, associações culturais, meios de comunicação, entidades literárias dentre outras, a responsabilidade de implementar as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa sancionadas pela CPIP, defendendo nosso idioma e nossa soberania 

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